A construção de um perfil do solo favorável ao desenvolvimento agrícola é um dos grandes desafios da agricultura brasileira. Os solos do nosso país apresentam, em sua maioria, acidez elevada, baixa saturação de bases, baixa quantidade de Ca e elevada concentração de alumínio nas camadas subsuperficiais.
Em conjunto, essas características fazem com que o perfil do solo seja um dos principais fatores limitantes à alta qualidade e produtividade das atividades do agronegócio. Para evitar o comprometimento das lavouras, é preciso buscar alternativas para construir o perfil do solo por meio de práticas de manejo que não imponham restrições ao crescimento radicular das plantas.
Os desafios são ainda maiores sob o sistema de plantio direto (SPD), uma vez que os insumos são aplicados na camada superficial. Em muitos casos, as camadas subsuperficiais apresentam compactação, resistência à penetração e elevada densidade, o que dificulta o desenvolvimento das culturas.
Análise do solo: o primeiro passo para melhorar o perfil do solo
A análise do solo é uma ferramenta que permite conhecer todos os problemas do solo em termos de impeditivos para a produção agrícola. Por muito tempo, a análise do solo ficou limitada às camadas de até 20 cm de profundidade; no entanto, para obter altas produtividades, é importante realizar a análise em até 40 cm.
A análise das camadas em profundidade possibilita conhecer as características daquele solo além das camadas superficiais e, assim, adotar técnicas corretivas para permitir um melhor desenvolvimento e exploração das raízes no solo.
É importante que a análise do solo e a leitura dos resultados seja realizada por um engenheiro agrônomo para evitar falhas ou possíveis interpretações erradas que possam comprometer a produtividade da lavoura. Além disso, a análise deve ser feita em laboratórios credenciados e de confiança.
Como melhorar o perfil do solo?
A construção do perfil do solo deve passar por diversas etapas e pode demandar um longo processo para que apresente características favoráveis ao desenvolvimento e aprofundamento do sistema radicular. Confira as principais práticas que podem te ajudar nessa missão!
Construção do perfil químico do solo
A construção do perfil químico do solo deve se preocupar em disponibilizar os nutrientes essenciais às plantas em quantidades ideais e no momento adequado. A concentração dos principais nutrientes – N, P e K – no perfil do solo varia de acordo com uma série de fatores, como a presença de matéria orgânica, argila e CTC.
Devido às características pouco favoráveis dos solos brasileiros, a calagem é uma das principais práticas que contribuem com a construção do perfil químico do solo. Ela tem o objetivo de elevar o valor do pH na faixa de 6 a 6,5, que é a ideal para maioria das culturas. Com esse pH, os macro e micronutrientes encontram-se solúveis e disponíveis para serem absorvidos.
O calcário também é importante para neutralizar o alumínio presente na camada superficial do solo, eliminando a ocorrência de toxidez e permitindo o desenvolvimento mais saudável das plantas.
Cerca de seis meses antes do cultivo, é importante realizar a análise do perfil do solo para verificar se há necessidade de calagem. Se houver necessidade, ela deve ser realizada em até três meses antes da implantação do cultivo. A calagem possui efeito residual de cerca de 5 anos, com alguma variação a depender do clima da região. Após esse período, é preciso observar novamente o pH do solo.
Ainda na construção do perfil químico, a gessagem é uma técnica que deve ser considerada, a fim de atuar nas camadas mais profundas do solo e melhorar o crescimento radicular das plantas, principalmente em solos com alto teor de alumínio.
Construção do perfil físico do solo
O perfil físico do solo está relacionado aos processos de penetração das raízes, aeração, infiltração e retenção de água. A compactação do solo é um dos principais desafios para melhorar as características físicas, já que promove a formação de uma camada subsuperficial densa e com alta resistência à penetração de raízes.
Para corrigir o problema, a escarificação pode ser uma grande aliada. Essa técnica objetiva revolver o solo até a camada de aproximadamente 30 cm, o que acaba por romper a camada compactada. Após a realização desse processo, é possível utilizar o SPD, uma vez que este contribui para a conservação do perfil do solo.
Para evitar a ocorrência de nova compactação, é preciso observar alguns cuidados, como: realizar operações de preparo somente em condições de umidade adequada e buscar alternativas para reduzir o número de passadas e o peso das máquinas e implementos.
Fertilizantes organominerais podem melhorar o perfil do solo
Alguns problemas podem ser grandes dificultadores para construir o perfil do solo em profundidade, como erosão, solo compactado, baixo teor de matéria orgânica, baixa quantidade de microrganismos benéficos e baixa capacidade de absorção hídrica.
Por isso, além das práticas de calagem, gessagem e escarificação, é fundamental a aplicação de fertilizantes corretivos para otimizar a qualidade do solo e, consequentemente, aumentar a produtividade da lavoura. Sempre levando em consideração a análise da construção prévia do perfil do solo.
Para melhorar as características físicas, químicas e biológicas do solo, os organominerais são excelentes aliados dos produtores agrícolas. Esses insumos possuem elevada matéria orgânica e uma fração mineral, capazes de corrigir os problemas citados acima e trazer diversos outros benefícios em termos de produtividade, redução de custos e sustentabilidade.
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