Para a obtenção de altas produtividades, a disponibilidade de nutrientes deve estar presente em todas as fases do ciclo produtivo de qualquer lavoura. Com o intuito de atingir esse objetivo, a adubação de cobertura é uma técnica bastante utilizada pelos produtores agrícolas.
A adubação de cobertura pode ser definida como uma prática que visa manter o nível de nutrientes no solo durante o desenvolvimento de uma lavoura. Para o melhor aproveitamento dessa prática, é preciso conhecer a melhor época e as formas de aplicação dos fertilizantes. Continue a leitura e saiba mais!
A importância da adubação de cobertura
A adubação de cobertura é uma técnica muito recomendada para culturas perenes, culturas anuais e pastagens. Esse parcelamento da adubação é uma ação necessária, uma vez que importantes nutrientes, principalmente nitrogênio e potássio são perdidos ao longo do processo devido à lixiviação, volatilização ou degradação do solo.
A adubação de cobertura serve como um reforço para a adubação de plantio. Ou seja, ela age para suprir as reservas de nutrientes presentes no solo que já foram absorvidas pelas plantas, mas que se fazem necessárias para os próximos ciclos.
Por isso, a adubação de cobertura é fundamental para o sucesso de uma lavoura, já que o fornecimento adequado de nutrientes é um fator primordial para as plantas atingirem seu máximo potencial produtivo.
Esse tipo de adubação, por fornecer os nutrientes adequados, auxilia em importantes papéis para garantir o correto desenvolvimento das plantas, como:
- Formação, floração e frutificação;
- Melhor desenvolvimento radicular;
- Aumento da capacidade de defesa da planta contra doenças, pragas e plantas daninhas.
Quando realizar a adubação de cobertura?
A adubação de cobertura deve ser realizada, preferencialmente, antecipando os momentos de maior requisição de nutrientes pelas culturas. Esses momentos acontecem nos estágios reprodutivos – florescimento e frutificação – e no enchimento de frutos ou grãos.
Dessa forma, a aplicação de cobertura para as culturas agrícolas é recomendada no final do último estágio vegetativo, para que os nutrientes estejam disponíveis nos estágios seguintes. Nas pastagens, a adubação de cobertura pode ser feita quando há diminuição na taxa de rebrota.
O nitrogênio é o principal nutriente visado durante a adubação de cobertura , uma vez que é altamente solúvel e não deixa efeitos residuais para os próximos plantios. Para garantir os níveis ideais de reposição de nitrogênio e dos demais nutrientes, é importante assegurar que as análises de solo sejam atuais e mostrem os níveis reais de nutrientes no solo.
Normalmente, a adubação de cobertura é feita com os nutrientes que são mais facilmente perdidos, como o potássio e o nitrogênio. O nitrogênio, por exemplo, é altamente solúvel, ficando disponível rapidamente na solução do solo, e não deixa efeito residual para a próxima safra.
Vale lembrar que cada cultura possui uma exigência nutricional e cada tipo de solo possui suas próprias necessidades em relação à quantidade e disponibilidade de cada nutriente. Por isso, é sempre importante contar com a ajuda de um engenheiro agrônomo.
Como os organominerais podem otimizar a adubação de cobertura?
Como vimos, a adubação de cobertura tem dois objetivos principais: repor as reservas de nutrientes que já foram absorvidos e repor os nutrientes perdidos por lixiviação e outros processos.
Os fertilizantes organominerais são ótimas soluções para resolver os dois problemas descritos acima. Esses fertilizantes possuem grande quantidade de matéria orgânica, responsável por fornecer importantes benefícios em termos de nutrição.
Devido à presença de matéria orgânica, os organominerais disponibilizam os nutrientes de forma gradual, durante todo o ciclo produtivo da planta, permitindo um melhor aproveitamento dos nutrientes. Dessa forma, exige uma menor aplicação de fertilizantes.
Além disso, possuem maior capacidade de fixação de nutrientes, uma vez que a matéria orgânica atua como condicionante da fração mineral que entra em sua composição. O resultado é um aumento no poder quelante, o que ajuda a reter os nutrientes com maior eficácia e evitar a perda dos mesmos.
Para se ter uma ideia, os organominerais otimizam o aproveitamento dos nutrientes em cerca de 70% para nitrogênio e potássio e cerca de 50% para o fósforo em comparação com os fertilizantes minerais convencionais. Isso demonstra um rendimento bastante superior, justamente porque os nutrientes são melhor aproveitados e sofrem perdas bem menores.
Qual a melhor forma de aplicar a adubação de cobertura?
A aplicação dos adubos em cobertura pode ser feita ao lado da linha de plantio ou a lanço de forma manual ou mecanizada. No entanto, o ideal é optar pela adubação na linha, já que na aplicação a lanço os fertilizantes têm contato com as folhas e podem causar queimaduras.
Em culturas anuais, como feijão, soja e milho, a adubação de cobertura é feita com o auxílio de tratores e adubadeiras. Em casos de pequenos plantios, a adubação pode ser feita manualmente, seguindo os mesmos critérios das grandes plantações.
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