A agricultura cobre mais da metade da superfície terrestre da Terra e contribui com cerca de um terço das emissões globais de gases de efeito estufa. Colocar em prática ações que promovem o sequestro de carbono é uma alternativa viável e que pode ajudar agricultores e produtores a adotarem medidas mais sustentáveis e responsáveis.
O sequestro de carbono é um caminho necessário para evitar que a Terra entre em uma espécie de “efeito estufa permanente”. Essa solução ajuda a diminuir consideravelmente a quantidade de dióxido de carbono – um dos gases responsáveis pelo efeito estufa – na atmosfera.
Uma iniciativa internacional chamada “4 por 1000”, lançada na conferência climática de Paris em 2015, mostrou que o aumento do carbono do solo em todo o mundo em apenas 0,4% ao ano poderia compensar o novo crescimento daquele ano nas emissões de dióxido de carbono das emissões de combustíveis fósseis .
A pesquisa mostra que os agricultores e pecuaristas também podem tornar suas operações mais resistentes a condições climáticas cada vez mais variáveis, adotando práticas que promovem o sequestro de carbono do solo.
O sequestro de carbono já ocorre naturalmente no meio ambiente, principalmente nas grandes florestas, uma vez que as árvores demandam uma quantidade muito grande de carbono para se desenvolver. Por outro lado, a agricultura também é uma grande aliada para aumentar ainda mais o sequestro de carbono.
Um estudo do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) mostra que a aplicação de técnicas agropecuárias já conhecidas pode recuperar áreas degradadas no Brasil, sequestrar carbono no solo e diminuir 50% da contribuição do setor para o aquecimento global, além de ganhar em produtividade.
Confira 5 práticas que contribuem com o sequestro de carbono:
O Sistema de Plantio Direto é uma prática que alia produtividade, redução de custos e sustentabilidade. Como esse sistema utiliza a matéria orgânica de uma plantação como cobertura do solo, há maior umidade e redução do aquecimento do solo.
Essas condições fazem com que o processo de decomposição da planta de cobertura seja mais lento. Como resultado, uma maior quantidade de carbono é estocada no solo, reduzindo as perdas para a atmosfera. No clima tropical do Brasil, um hectare pode sequestrar até 0.8 toneladas de dióxido de carbono.
Essa prática oferece uma maior proteção ao solo e possibilita a imersão de culturas de cobertura, como as gramíneas e as leguminosas. Para garantir a eficácia da rotação, devem ser feitas roçagens periódicas que resultam em uma espécie de “cama verde” para o solo. Com a decomposição dessas plantas, é possível que se tenha de 15% a 25% convertidos em carbono.
Outra estratégia para promover o sequestro de carbono é criar gado e plantas juntos. A rotação de bovinos entre as pastagens permite que as gramíneas se recuperem do pastejo, e o estrume dos animais e os impactos de seu pastoreio regeneram o carbono nos solos.
Além disso, as sombras proporcionadas pelas árvores trazem mais bem-estar aos animais, que passam a reduzir a emissão de gás metano pela boca.
Quando as pastagens estão degradadas pelo manejo inadequado da planta forrageira e pela depleção da fertilidade do solo ocorre perda do estoque de carbono do solo para a atmosfera. Já a adoção de práticas de manejo adequadas da planta forrageira e decomposição da fertilidade do solo revertem esse processo, ocorrendo a recuperação das pastagens.
Com isso, há aumento no sequestro de carbono no solo em quantidade suficiente para superar as perdas pelas emissões dos sistemas de produção pecuários, como, por exemplo, a emissão de metano entérico pelos bovinos e a emissão de óxido nitroso proveniente do uso de fertilizantes.
O setor agropecuário é responsável pela geração de uma grande quantidade de resíduos. Muitas vezes, esses resíduos são descartados de maneira inadequada, aumentando os riscos de danos ambientais.
Com o tratamento adequado de resíduos, é possível reduzir alguns problemas nesse ciclo:
No final de toda essa cadeia, a taxa de sequestro de carbono aumentaria consideravelmente. Portanto, a gestão adequada de resíduos produzidos pela agropecuária também é uma alternativa eficaz para promover o sequestro de carbono.
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