O entendimento sobre a classificação de resíduos sólidos é fundamental para realizar a destinação correta dos resíduos, reduzindo impactos ambientais e contribuindo com a economia circular.
Esse processo envolve a identificação das atividades que deu origem a um determinado resíduo, de seus constituintes e características, e a comparação destes constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido.
Mas afinal, você conhece a classificação de resíduos sólidos? Continue a leitura e saiba mais sobre o tema!
No Brasil, a classificação de resíduos é estabelecida na NBR 10.004/04 da ABNT, que leva em consideração os potenciais riscos que os resíduos podem causar para o meio ambiente e para a saúde pública.
A classificação de resíduos é feita de acordo com a identificação do processo ou atividade que resultou em sua origem, além de considerar seus constituintes e características e a comparação destes constituintes com a listagem de resíduos e substâncias que possuem impacto conhecido à saúde e ao meio ambiente.
A identificação dos constituintes a serem avaliados na caracterização do resíduo ainda deve ser estabelecida de acordo com as matérias-primas, os insumos e também o processo que lhe deu origem.
Basicamente, os resíduos se dividem em três classes, com diferentes características e tipos de destinação. Entenda melhor a classificação de resíduos!
Os resíduos perigosos recebem essa classificação porque possuem características que podem colocar em risco as pessoas que os manipulam ou que têm contato com determinado resíduo dessa classe.
Para se enquadrar nessa categorias, os resíduos devem apresentar, ao menos, uma dessas características: inflamabilidade, corrosividade, toxicidade, reatividade e/ou patogenicidade. Por possuírem tais características, os resíduos perigosos necessitam de providências específicas com transporte e com a correta destinação desses materiais.
Exemplos
Destinação e Tratamento
Os resíduos considerados perigosos devem ter um tratamento especial com os processos de embalagem, transporte, identificação do veículo sobre o material transportado e a destinação.
Para esta última etapa, podem ser utilizados os aterros industriais Classe I. De acordo com o tipo de resíduo, pode ocorrer solidificação, estabilização, encapsulamento ou neutralização, para serem enterrados posteriormente.
Os resíduos Classe II A são classificados como não inertes e não apresentam nenhuma característica dos resíduos perigosos (inflamabilidade, corrosividade, toxicidade, reatividade e/ou patogenicidade).
Nesta classe, os resíduos podem apresentar propriedades biodegradáveis, comburentes ou solúveis em água. Em muitos casos, podem acabar causando a contaminação de solos, rios e da atmosfera, devido à sua decomposição ou penetração no solo.
Exemplos
Destinação e Tratamento
Os resíduos da Classe II A podem ser reaproveitados por meio de diversos processos. Uma alternativa muito eficiente é a compostagem, na qual os resíduos passam por um processo biológico de decomposição.
Ao final de todas as etapas, obtêm-se produtos prontos, estabilizados e prontos para retornarem ao meio ambiente sem causar qualquer tipo de risco. Os fertilizantes orgânicos são os maiores exemplos de como a compostagem pode atuar como uma alternativa sustentável para a redução do impacto ambiental de resíduos desta classe.
A classificação de resíduos da Classe II B define materiais que, quando em contato com água, não sofrem transformações físicas, químicas ou biológicas. Esses resíduos não sofrem decomposição ou alteração com o passar do tempo.
Dessa forma, não causam nenhum tipo de poluição ao meio ambiente, já que não liberam substâncias que possam prejudicar a qualidade do solo, água ou ar.
Exemplos
Destinação
Os resíduos da Classe II B podem ser incinerados, dispostos em aterros sanitários ou até mesmo reciclados em alguns casos.
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