A compostagem como alternativa para o tratamento de resíduos da indústria alimentícia

Segundo dados do IBGE,  o Brasil possui mais de 36 mil indústrias atuando no ramo de alimentos e bebidas. Apesar da grande geração de empregos e do abastecimento das demandas internas, as atividades da indústria alimentícia resultam na produção de uma grande quantidade de resíduos.

Em comparação com os demais setores, a indústria de alimentos é a que mais produz resíduos sólidos em sua linha de produção. Somente no estado de São Paulo, são produzidos mais de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos orgânicos provenientes da indústria alimentícia. 

Em decorrência da grande quantidade de resíduos, é mais do que urgente buscar alternativas eficazes para otimizar a gestão de resíduos alimentícios, como a compostagem. Continue a leitura e saiba mais!

Por que realizar a gestão de resíduos alimentícios?

Devido ao aumento do rigor e exigência das legislações ambientais e ao crescimento da pressão de consumidores por práticas responsáveis e sustentáveis, as indústrias têm recorrido cada vez mais a alternativas para minimizar os impactos socioambientais causados por suas atividades, principalmente em relação à geração de resíduos sólidos.

Além de ser uma obrigação legal e passível de multa, a correta destinação e tratamento dos resíduos da indústria alimentícia também contribui para a melhoria da imagem e reputação das empresas. É uma troca mútua de benefícios entre a indústria e o meio ambiente: ao mesmo tempo em que a organização demonstra maior responsabilidade, os impactos ambientais são minimizados. 

Como tratar os resíduos da indústria alimentícia?

Os principais resíduos gerados pela indústria alimentícia são os efluentes e os resíduos sólidos. Como alternativa para o tratamento dos efluentes industriais, é possível optar pela instalação de uma Estação de Tratamento de Efluentes na empresa. 

Passando pela estação, os efluentes passarão pelas fases físico-químicas ou biológicas. No primeiro caso, reações químicas trabalham na remoção dos poluentes. Já no tratamento biológico, bactérias e outros microrganismos consomem toda a matéria orgânica presente no resíduo. 

Os efluentes biológicos são provenientes de lavagens de piso, caixas de transporte, sala de abate e das águas de cozimento de embutidos, por exemplo, provenientes, principalmente, de abatedouros, matadouros e frigoríficos. Os resíduos líquidos provenientes dos processos produtivos deverão ser tratados de acordo com a concentração de matéria orgânica que possuem. 

Os tratamentos mais comuns para este tipo de resíduo são o processo aeróbio e anaeróbio, que utilizam agentes biológicos, como bactérias, algas e protozoários, para degradar a matéria orgânica dos efluentes. Ao final do processo, o tratamento dos efluentes biológicos permite que a água retorne ao meio ambiente de acordo com os parâmetros estabelecidos pela legislação ambiental vigente.

A compostagem como alternativa para o tratamento de resíduos sólidos

A compostagem é uma das alternativas mais eficazes e sustentáveis para tratar os resíduos sólidos orgânicos da indústria alimentícia. Nesse caso, podem ser tratados diversos tipos de resíduos, como:

• Bagaços, cascas de frutas e legumes provenientes do processamento de alimentos;
• Lodo sólido de ETE biológicas, inclusive sanitários;
• Produtos alimentícios vencidos ou fora de especificação;
• Restos de alimentos provenientes de restaurantes, supermercados, ceasas, etc;
• Entre outros.

A compostagem orgânica, ou simplesmente compostagem, pode ser definida como o conjunto de técnicas capazes de conduzir os processos naturais de decomposição da matéria orgânica para a obtenção do composto ou adubo orgânico. Ou seja, é o processo que  transforma resíduos em adubo orgânico. 

Os resíduos também podem ser utilizados na produção de fertilizantes organominerais, um insumo que possui composto orgânico com uma fração mineral capaz de disponibilizar de forma gradativa os nutrientes para as plantas, oferecendo mais eficiência, equilíbrio e qualidade à produção agrícola. Tudo isso resulta em lavouras com maior qualidade, produtividade e lucratividade.

Assim, sua empresa contribui para a redução da extração de matéria-prima, da poluição e dos riscos de contaminação ambiental e ao mesmo tempo promove o reaproveitamento de materiais, atuando a favor da conservação ambiental.

Quer começar a tratar os resíduos da sua indústria alimentícia de maneira correta e ambientalmente responsável? Com mais de 10 anos de experiência, a Cultivar é uma empresa de compostagem de resíduos orgânicos classe II-A, é certificada com o selo ISO 14.001/2015 e IBD. Entre em contato conosco e saiba como podemos te ajudar a se tornar parceira do meio ambiente e da sustentabilidade!