Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Brasil produz cerca de 37 milhões de toneladas de lixo orgânico todos os anos. O mais preocupante é que apenas 1% de todo esse lixo é reaproveitado, ou seja, praticamente todos os resíduos orgânicos que são gerados não recebem o tratamento adequado.
O lixo orgânico é considerado todo resíduo proveniente de um ser vivo, sendo de origem animal ou vegetal. Grande quantidade desses resíduos são residenciais, mas indústrias alimentícias e o setor do agronegócio possuem uma importante participação na geração de lixo orgânico.
Para que esses negócios possam atuar de maneira mais responsável, separamos algumas opções para o reaproveitamento adequado dos resíduos orgânicos. Confira!
Quando falamos em lixo orgânico, ainda é comum acreditar que eles não representam um perigo para o meio ambiente devido à biodegradação. Claro que resíduos perigosos, químicos e hospitalares, por exemplo, representam uma maior ameaça ambiental e à saúde humana.
No entanto, os resíduos orgânicos, quando descartados de maneira incorreta – em lixões, aterros sanitários, terrenos ou outros locais – também possuem um grande potencial poluidor. Isso porque a decomposição desses materiais gera chorume, o que acaba por causar a contaminação do solo, dos lençóis freáticos e de rios e lagos que recebem essa água.
A decomposição do lixo orgânico gera, ainda, gás metano, um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa é considerado muito mais perigoso do que o dióxido de carbono.
Para se ter uma ideia, se os resíduos orgânicos descartados em um ano no Brasil fossem tratados de maneira adequada, a redução nas emissões de gás metano seria equivalente à retirada de sete milhões de automóveis das ruas, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais.
Por fim, o descarte inadequado de lixo orgânico pode causar desequilíbrios no ecossistema, além de favorecer a proliferação de animais transmissores de doenças.
Para além da questão ambiental, é preciso observar as diretrizes legais que regem questões relacionadas ao descarte e tratamento de resíduos. A Lei nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, é uma das mais importantes e traz uma série de diretrizes, objetivos e responsabilidades no que diz respeito à destinação dos resíduos sólidos.
Conhecer o lixo que seu negócio produz é essencial para definir diretrizes de redução e reaproveitamento, permitindo ajustar a produção, diminuindo o volume de matéria-prima adquirida ou dando novo uso ao excedente.
Assim, além de contribuir com a preservação ambiental, o reaproveitamento de lixo orgânico pode trazer benefícios financeiros, operacionais e institucionais.
Para definir as melhores estratégias de reaproveitamento, é necessário conhecer o tipo de operação, volume de resíduo gerado, logística e outros fatores referentes à natureza do seu negócio.
De maneira geral, existem algumas opções bastante comuns quando falamos em reaproveitamento de resíduos orgânicos. Conheça abaixo!
A biodigestão consiste na degradação de compostos orgânicos em substâncias mais simples – como metano e dióxido de carbono – através da interação de diferentes microrganismos que atuam na ausência de oxigênio.
O processo ocorre em um biodigestor anaeróbico, sendo os gases provenientes da decomposição da matéria orgânica (principalmente metano), podem ser direcionados para geradores de energia elétrica com a finalidade de convertê-los em energia elétrica.
Apesar de ser menos conhecida, a pirólise também é uma boa alternativa para o reaproveitamento de lixo orgânico. Trata-se de um processo em que a matéria orgânica é decomposta após ser submetida a condições de altas temperaturas e ambiente desprovido de oxigênio.
O processo é auto sustentável sob o ponto de vista energético, uma vez que produz mais energia do que consome. O resultado da pirólise é a produção de biocombustíveis que podem ser utilizados em diversas finalidades.
Em comparação com as alternativas anteriores, a compostagem é considerada um processo mais simples e acessível. Ela é definida como o conjunto de técnicas capazes de conduzir os processos naturais de decomposição da matéria orgânica para a obtenção do composto ou adubo orgânico.
A compostagem é uma das alternativas mais eficientes para a destinação e tratamento de resíduos orgânicos, contribuindo para reduzir a extração de matéria-prima, gerando um produto benéfico à agricultura e ao meio ambiente e elevando os indicadores de sustentabilidade das empresas.
A Terra de Cultivo Soluções Ambientais é uma empresa de compostagem de resíduos orgânicos classe II-A, certificada com o selo ISO 14.001/2015 e IBD. Atuamos há mais de 10 anos no mercado com um corpo técnico especializado, equipamentos de alta qualidade e cumprimento às legislações específicas para cada setor de atuação.
Entre em contato conosco e garanta que o lixo orgânico gerado pelo seu negócio receba tratamento adequado e ambientalmente legal.