Com o rápido crescimento da população mundial, a procura por novas alternativas de alimentos para a população e de matérias-primas para a indústria alimentícia vem crescendo dia a dia. Com isso, os resíduos de alimentos gerados pela indústria também crescem a cada dia.
A indústria de alimentos é uma grande geradora de resíduos, sendo que grande parte possui origem vegetal e, consequentemente, pode ser reaproveitado. A indústria de sucos, por exemplo, descarta diariamente toneladas de cascas e sementes de frutas que não recebem o devido tratamento.
Neste artigo, nós vamos mostrar como a compostagem pode ser uma alternativa sustentável para o reaproveitamento de resíduos de alimentos. Acompanhe!
O modelo econômico tradicional que consiste em uma cadeia de extração, produção e desperdício, com foco exclusivo no produto e no lucro da organização acaba por gerar uma quantidade excessiva de resíduos de alimentos.
Com a crescente busca por alternativas sustentáveis e a preocupação com a produção de alimentos para atender a população global, muitas indústrias estão buscando maior eficácia em todo o sistema produtivo.
O reaproveitamento de alimentos é um dos caminhos para tornar todo o processo mais responsável e sustentável. Ao realizar a destinação e tratamento adequados para os resíduos, é possível atuar diretamente com a economia circular, contribuindo para a redução dos passivos ambientais e esgotamento dos aterros.
Os aterros sanitários, aliás, recebem praticamente todos os resíduos de alimentos. O grande problema é que sem o devido tratamento – como a impermeabilização e o selamento – a decomposição dos materiais orgânicos gera chorume e libera metano, substâncias consideradas grandes vilãs da preservação ambiental.
Além da responsabilidade social e ambiental, é preciso observar o cumprimento da legislação ambiental. A lei Federal nº 12.305 de 02 de agosto de 2010, mais conhecida como Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece, dentre outras diretrizes, que:
“Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada aos rejeitos.”
Como os resíduos de alimentos se encaixam na categoria de resíduos sólidos, é fundamental buscar alternativas para o tratamento adequado e disposição ambientalmente responsável. E a compostagem é uma grande aliada para cumprir essa missão!
O tratamento de resíduos de alimentos pode ser feito por meio de diferentes processos. Biodigestão, incineração, coprocessamento, produção de ração animal são algumas das alternativas que podem ser utilizadas. No entanto, a compostagem é considerada a alternativa ambientalmente mais correta, segura e definitiva, contribuindo diretamente para a redução dos passivos ambientais.
O processo de compostagem consiste na disposição dos materiais em ambiente controlado, onde ocorrem as misturas aeradas que promovem a intensificação da atividade dos microrganismos, sobretudo bactérias, que digerem os resíduos orgânicos os transformam em matéria orgânica estabilizada.
A temperatura, durante o processo de compostagem, é mantida entre 40° e 60°C por um período de 90 a 120 dias, eliminando-se agentes patogênicos, pragas e sementes de plantas daninhas.
O resultado final é um fertilizante orgânico com condições para retornar ao meio ambiente de acordo com a legislação e sem risco de causar impactos ambientais negativos. Pode-se, ainda, realizar a adição de uma fração mineral nos fertilizantes, dando origem aos fertilizantes organominerais, produtos que oferecem uma série de benefícios para a produtividade e sustentabilidade agrícola.
Dessa forma, os resíduos de alimentos provenientes da indústria alimentícia são transformados em insumos com a finalidade de contribuir com a produção de alimentos por meio da agricultura. Ou seja, é um ciclo de grande relevância em termos ambientais e econômicos.
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